Educação

Novas regras nas escolas em Portugal

Novas regras nas escolas em Portugal Enfim, aulas. E agora? O início do ano letivo pós confinamento chegou em Portugal e, com ele, o tão temido e Novas regras nas escolas em Portugal Enfim, aulas. E agora? O início do ano letivo pós confinamento chegou em Portugal e, com ele, o tão temido e esperado primeiro dia de aula. Até a última semana de férias ninguém tinha certeza de como seria a volta às aulas, mas nós, pais, já especulávamos juntos desde o começo da pandemia sobre as possibilidades: Não haverá aulas todos os dias, dividirão as turmas e as aulas de cada uma será em dias alternados. Será uma turma pela manhã outra à tarde. Todos irão usar máscaras. E os menores? Será que terão responsabilidade para lidar com as máscaras? Terão que ir com uma roupa e trocá-la quando chegar à escola. As aulas presenciais não irão voltar, tudo continuará on-line. E por aí vai. Eram muitas as possibilidades e a nossa imaginação dava asas a todas elas. Imaginávamos desde o começo do isolamento como seria esse retorno. As autoridades já davam dicas das novas regras, e a nós cabia manter a cabeça no lugar e conversar com as nossas crianças sobre as mudanças, que acabaram por acontecer de maneira gradual com a evolução da pandemia, ou com a evolução do conhecimento sobre ela. Aos poucos nos acostumamos com as máscaras, o álcool gel, o distanciamento e aquelas setas por todo lugar nos direcionando para o sentido certo de ir e vir: saída e entrada. Só soubemos realmente como seria o retorno dos meus guerreiros às aulas uma semana antes delas começarem, período em que as escolas fazem a reunião com os pais para informar sobre o ano letivo. Uma delas foi on-line, a outra não pude participar, pois estava sozinha com os meus meninos em Portugal e não pude entrar na reunião com os dois, o que antes era permitido. As novas regras já me pegaram logo na primeira reunião, faz parte! São tantas as regras agora que tenho certeza que ainda serei surpreendida algumas vezes. Quais são essas novas regras dentro da escola? Pelo menos na escola dos meus meninos é assim: As crianças não entram todas de uma vez em um único horário como era feito antes. Agora as entradas são escalonadas por série: primeiro o jardim de infância, depois o 1º ano, e assim por diante até a última série, que na escola que os meus heróis frequentam é a 4ª serie do 1º ciclo. Esse escalonamento também acontece na hora do almoço no refeitório: primeiro os pequenos até chegar aos maiores. Cada sala só convive com os seus próprios colegas. Os alunos têm um lugar fixo, tanto na sala de aula quanto no refeitório. Os recreios permanecem nos mesmos horários e com a mesma duração, a diferença é que a escola foi mapeada e cada turma tem o seu dia para aproveitar um determinado lugar no mapa: às segundas-feiras no ginásio, às terças-feiras no parque, às quartas na quadra, etc. Assim os alunos aproveitam a escola toda durante a semana. Menores de 10 anos não são obrigados a usar máscaras e as janelas da sala ficam parcialmente abertas para renovar o ar. Os banheiros também são fixos para cada sala, assim evita-se contato físico com os outros alunos. Para as crianças não se confundirem foram feitas linhas coloridas no chão, cada sala é de uma cor. Os alunos de determinada cor só podem andar na respectiva linha, assim fica garantido que andarão em fila e não trombarão com os colegas da outra sala. Mas a medida que eu achei maravilhosa foi: não existe mais leva e traz de mochilas! Lembra aquelas mochilas pesadas cheias de livros e cadernos que desde que nos lembramos por gente as crianças usam? Virou uma caixa com o nome deles na sala de aula. Cada aluno tem a sua caixa e todo o material fica na escola. A lição de casa vem em uma folha de papel na sexta-feira, e na segunda-feira é devolvida. Ah, lembra lá em cima que não pude participar da reunião porque meus filhos não podiam entrar na escola naquele dia? Agora sou eu quem não pode. Pais dentro da escola de jeito nenhum! Antes eu entrava para deixar o mais novo na porta da sala do jardim de infância. Como as crianças encararam tudo isso? Pelo que posso perceber as crianças aceitaram. Falam das regras com leveza e voltam felizes da escola, meu coração de mãe agradece! Desde que as aulas começaram, dia 17 de setembro, fiquei sabendo de um caso de escola que teve que ser fechada por causa do coronavírus em Portugal. Vamos acompanhar e continuar torcendo pelo melhor, sempre! Se há receio da retomada das aulas? Sim, tudo isso é muito novo. Procuro cuidar da alimentação da minha família, fazemos exercícios , usamos máscaras e lavamos muito as mãos. O que mais me resta fazer? Leia mais…

Inscrições e lista de material escolar em Portugal, já pensou nisso ?

Então é isso, está tudo pronto para a mudança. Então é isso, está tudo pronto para a mudança. Já deram jeito na casa, nos móveis e no carro (venderam, alugaram ou emprestaram), cancelaram as contas no banco, a escola das crianças, enfim, o corpo está no Brasil e a cabeça em Portugal. A fase seguinte são as pesquisas mais refinadas sobre a documentação, a casa nova e tudo mais que temos para resolver quando chegamos. Período de inscrições escolares É assim mesmo, todo imigrante passa por isso. Mas a maior preocupação para quem vem com os filhos são as escolas. Resolvi escrever esse texto porque o período de matrículas das crianças nas escolas de Portugal termina agora no dia 15 de junho. Como bem explica o site de noticias do O Observador , muito lido em por aqui: “O período de matrículas para a educação pré-escolar e para o 1.º ano do Ensino Básico inicia-se a 15 de abril e prolonga-se até 15 de junho. Para os restantes anos, a renovação é feita até ao 3.º dia útil seguinte à situação do aluno estar resolvida (altura em que sabe se passou ou não de ano).” Se quiser saber mais sobre esse assunto, este link tem respostas bem esclarecedoras. É o momento de descobrir a qual agrupamento (conjunto de escolas públicas) a sua casa faz parte, se informar da documentação necessária, se há ou não vagas e tudo mais. Ainda nesse tema vou deixar uma dica: se não houver vaga no seu agrupamento, dirija-se à Dgest , lá eles arrumarão uma vaga para o seu filho se ele estiver em idade escolar obrigatória (a partir dos 6), mesmo que não seja assim… na sua freguesia. Material escolar: igual ou pct for nandrolone decanoate diferente? Pronto, está tudo certo. Se seguir esse caminho, a não ser que aconteça algo, a vaga do seu filho está garantida em uma escola pública portuguesa! Já que ele vai estudar, precisará de material escolar, correto? E é sobre essa listinha que deixam as crianças tão alegres e as mães desesperadas, além de mais pobres, que vim falar hoje. Mas amigas, não escrevo esse texto só para desesperá-las mais um pouco nesse momento. Muito menos fico feliz com mais um item na interminável lista do que fazer de um imigrante. Escrevo para facilitar, e para que não sejam pegas de surpresa como eu fui. A língua é a mesma, mas é diferente! Gostaria de ter lido algo sobre isso antes de encarar a primeira lista dos meus heróis. Com certeza ia parecer menos ignorante com duas listas de materiais na mão e duas crianças eufóricas atrás. Então vamos lá, levanta a mão que já ouviu falar em: lápis carvão, caneta de feltro, sebenta, caderno diário, dossier, pasta plástica, afia com depósito, caderno com centro agrafado, sapatilha de ginástica, fato de treino, bloco de papel tipo cavalinho ou plasticina. E patafix, que é carinhosamente chamado de bostik, ou são duas marcas diferentes, não entendi até hoje, mas já sei para que serve! Se não ouviram falar, posso garantir que já usaram. E na primeira reunião descobrirá o que é TPC, manuais, fichas, bibe, CAF, AAAF ou ATL, e que na festa de fim de ano o seu filho tem que ir para a escola vestindo calças de ganga e camisola. Mas fique tranquila, ele não vai dormir por lá. Afinal, o que são essas coisas? Não vou conseguir colocar o significado de tudo, por mais que gostasse de fazer isso, porém o texto ficaria muito longo. Começo pelo meu maior desafio, a sebenta. Por mais que me explicassem, na minha cabeça a explicação não combinava com o nome e bloqueava tudo! Apesar de ser um artigo da lista extremamente simples e muito utilizado. Mas vamos lá, vou colocar o que achei mais difícil encontrar a resposta. A sebenta nada mais é do que um simples caderno A5 com capa de papel e folhas em branco sem pauta. É usada para fazer atividades complementares, aquelas que não estão nos manuais ou nas fichas (livros e cadernos de exercício, já foram mais duas!). Mas atenção, não pode ser qualquer caderno que com essas características, tem que estar escrito SEBENTA na frente, repara aqui.  O mesmo vale para o caderno diário, só que nesse há pauta. O dossier é o nosso fichário, afia com depósito é apontador. São informações bem fáceis de conseguir. O TPC não é nada mais que a nossa lição de casa, mas aqui se chama “Trabalho para Casa”. Já CAF, AAAF e ATL são atividades pagas, em que podemos deixar as crianças fora do horário escolar obrigatório. No caso, CAF e AAAF são dentro da escola. Por exemplo: as aulas dos meus meninos começam às 9h, só que o meu primeiro compromisso do dia é 8h30, então deixo meus guerreiros no CAF da escola deles às 8h e de lá eles são encaminhados para as suas respectivas salas de aula às 9h. No período da tarde também funciona, não costumo deixá-los, mas sei que existe atividade até as 19h. Espero que tenha sido útil, se precisarem de alguma informação ou dica ficarei feliz em ajudar! Leia mais…

Adaptação das crianças em outro país

Adaptação das crianças em outro país Cada um tem a sua maneira de encarar as aventuras da vida. Mas, de certa forma, na adaptação em outro país acredito que muitos são os pontos comuns entre nós. Há pouco mais de um ano, eu e o meu marido mudamos de São Paulo para Lisboa com os nossos dois heróis, naquela época com três e seis anos. Foi uma mudança que teve, no mínimo, dois anos de planejamento. Estávamos completamente seguros quanto à decisão de mudar de país e também a respeito dos primeiros passos burocráticos para nos estabelecer em Portugal. Tudo parecia sob controle até batermos de frente com o tal furacão da adaptação. E eu que achava que passaria batido por ele depois de tanto planejamento? É… eu sempre fui um tanto otimista (risos). Prioridade: adaptação das crianças Quando estava no auge desse importante, mas não exatamente tranquilo, processo, cheguei a ficar oito meses sem cortar meu cabelo. Simplesmente me esqueci, pois parar na frente do espelho para reparar nisso me tomava um tempo precioso. Fazia o bom e velho rabo de cavalo e voilà! Quase um ano sem pintar a minha unha da cor que gosto, já que é um vinho escuro que demorava muito para secar e eu tinha muitas coisas para resolver. Ganhei alguns quilos, comia o que dava e na hora que sobrava. Enfim, a vaidade, que sempre foi uma prioridade na minha vida, caiu drasticamente de posição, nem sei dizer para qual! Afinal, o mais importante para mim era a tranquilidade dos meus grandes guerreirinhos. Manter a rotina, a alimentação que tinham no Brasil, levá-los para gastar energia, brincar e conviver com outras crianças era o que havia de mais importante. Leia também: Imigração: quais são os desafios que irei lidar? Nesse momento, fazê-los se sentirem em casa era minha única prioridade. Afinal, mudei essas crianças de país, cultura, amigos, casa, escola e ainda ficaram longe dos familiares que tanto amam sem entender a verdadeira dimensão da escolha da nossa família. Claro que fiz questão que eles participassem de tudo, desde a decisão de mudar até chegar aqui. Aliás, tomei muito cuidado para que estivessem totalmente inseridos em todo o processo. Ajudou sim, mas era uma vivência que eles nunca haviam passado. Como eles iam entender?  A reação das crianças Como uma criança pode saber a importância de uma mudança dessa proporção sem nunca ter vivido isso? Como eles poderiam imaginar antes de chegar aqui que na vidinha deles só o pai e a mãe estariam no mesmo lugar? Nem eu podia imaginar…. Então, claro que eles reagiram. Cada um ao seu estilo: O meu mais velho é uma criança extremamente tranquila e sociável, mas muito ativo também. Está sempre fazendo um esporte ou inventando uma brincadeira. Ele gosta muito de companhia, nos chama todo o tempo para brincar, e se não posso, porque estou fazendo comida por exemplo, ele pega os brinquedos e brinca ao meu lado na cozinha. No início, esse menino que descrevi acima dava chiliques transcontinentais, batia portas e gritava a plenos pulmões, acho que até do Brasil dava para ouvir. Reações exageradas para uma disputa de brinquedos com o irmão. Já o mais novo sempre foi uma criança mais agitada e aventureira. Ele sozinho se basta e consegue aprontar coisas inimaginavelmente perigosas. Na mesma proporção da agitação é o carinho que nos dá. Adora um colo, um abraço, um beijinho, é capaz de ficar muitos minutos abraçado comigo no sofá vendo um desenho. Com ele as reações foram na escola. Ele sentava a mão todos os dias nos colegas, quebrava copos, jogava comida pelos ares e não parava quieto nem para ouvir uma música da educadora.  Perdi as contas de quantas vezes fui chamada na escola. Na primeira reunião chorei tanto que foram buscar água para que eu conseguisse falar. Sentia olhares estranhos dos outros pais quando ia buscar o meu anjinho loiro de olhos azuis. Não conseguia nem julgá-los, afinal, meu “pituquito” batia nos tesouros deles todos os dias. Em um grande esforço entre a escola e a nossa família, muitas conversas, reuniões e uma atenção redobrada, essa fase passou!  Tudo se acalmou Os chiliques pararam e voltei a ter o meu grandão, sorridente e cheio de ideias me fazendo companhia por todo lugar. O mais novo voltou a ser um menino rodeado de amigos que admiram o seu coração aventureiro com direito a elogios da educadora! Apesar de tudo, considero que as reações dos meus meninos foram extremamente saudáveis. Como diz uma querida amiga que trabalha na área de psicologia: eles não guardaram nada dentro deles, colocaram tudo para fora e superaram a fase em que foram obrigados a reaprender tudo de uma forma diferente. Estranho seria se eles tivessem passado por toda essa mudança quietos sem demonstrar que perceberam que nada estava igual. Passado o furacão da adaptação, tudo isso vira somente história para contar, UFA! Hoje digo com toda alegria que nossa família está em paz. Passamos desse período tão conturbado quanto necessário chamado adaptação. Com toda certeza, podemos dizer que nos sentimos em casa novamente, mas dessa vez na nossa iluminada Lisboa! Leia mais…

As muitas férias escolares de Portugal

As muitas férias escolares de Portugal Aqui criança estuda bastante, mas também brinca muito! Em Portugal o ano letivo é dividido em três períodos, o primeiro de setembro a dezembro, o segundo de janeiro até as férias de Páscoa e finalmente das férias de Páscoa até o final de junho. São aproximadamente 120 dias de férias por ano, como podemos conferir aqui. Em terras lusitanas e em grande parte da Europa existe um “bloco” a mais de férias durante o ano que no Brasil, onde o ano letivo é divido em dois semestres. Mesmo com férias na mesma época do ano, temos diferenças entre a duração delas. As férias do meio do ano são as férias longas, iguais às nossas de dezembro, afinal é quando o verão chega no hemisfério norte e todos querem aproveitar!  Já as férias do Papai Noel (aqui o bom velhinho chama-se Pai Natal) são bem pequenas, menores que as nossas de julho, em grande parte das vezes não chega a 20 dias. Lá pelo dia 3 de janeiro lá estão nossas crianças entre blusas de lã, casacos, cachecóis e gorros indo para a aula felizes e contentes! Adaptação em meio às férias Tive que me adaptar logo de cara com essa inversão de períodos, no susto mesmo. Meus filhos entraram em férias no Brasil no final de junho, nós mudamos em agosto para cá, e eles ainda tinham um mês inteirinho de férias. Confesso que quando vi no facebook as minhas amigas levando os filhos para a escola logo nos primeiros dias de agosto e eu tinha  30 longos dias (ou mais) para encarar me deu um certo desespero. No meu caso, além da falta de costume com as férias dessa proporção no meio do ano, tinha o agravante de estar bem cansada com a mudança. Para os meus meninos a mudança não foi empecilho. Com a animação e a energia de sempre, eles estavam bem contentes, como se tivéssemos vindo para cá para curtir férias. Judiação, passaram parte desse tempo em repartições públicas tirando documentos. Mas para eles não tem “tempo ruim”, eles fizeram toda a bagunça que conseguiram em cada uma delas, acho até que eles se divertiram vendo o desespero dessa mãe tentando de tudo para sentá-los por pelo menos cinco minutos e com as  broncas que levaram dos portugueses, vai entender as crianças! A surpresa das férias de Páscoa Já o bloco “Férias de Páscoa”, foi uma novidade por completo. No início eu achava que essas tal “férias do coelhinho” eram somente o feriado de Páscoa. Como o feriado de carnaval aqui também é chamado de “férias de carnaval” e dura o mesmo tempo que o nosso feriadão, não me preocupei muito com o assunto. Só fui descobrir a extensão desse novo bloco de férias quando elas estavam chegando. Algo já me dizia que elas passavam um pouco dos quatro dias que estamos acostumados, mas somente uma semana antes das férias mais doces do mundo chegarem, foi que me dei conta que eu poderia comer um chocolate no Japão nessa Páscoa sem que os meus meninos perdessem um diazinho de aula sequer. São mesmo FÉRIAS, com poucos dias a menos que as do meio do ano brasileiras. Tenho que admitir que fui pega de surpresa, não por  falta de aviso da escola, já que no primeiro dia do ano letivo as professoras e educadoras nos entregam um aviso sobre todos os recessos do ano, com datas exatas de começo e fim. Aviso esse que coloquei na porta da geladeira para nunca esquecer e ter todo o zelo com a rotina dos meus filhos. Por isso, a data inicial estava perfeitamente gravada na minha memória, só não dei muita atenção para a data final. Sabe aquela nossa rotina enlouquecedora de mãe, que quando pensamos em fazer alguma coisa, uma criança chama, ou os dois começam a brigar, o seu marido não acha aquela camisa que está de braços dados com ele e já é hora de sair correndo para a escola? Enfim, havia sempre algo mais urgente do que procurar o papel das férias na porta da geladeira, naquela altura já haviam alguns muitos avisos em cima dele, daria um certo trabalho. Uma semana antes, achar o aviso de férias virou prioridade, afinal eu precisava me programar. E assim, com as duas datas ao meu alcance, fiz aquela simples conta de subtração para descobrir quantos dias os meus heróis teriam de total liberdade para brincar longe das aulas. Seriam 18 dias de férias ininterruptos. O que fazer nas férias escolares Sim, são três significativas pausas no ano que os nossos heróis precisam de atividades que não virão das nossas amadas escolas, por isso resolvi colocar nesse texto algumas valiosas dicas que recebi de queridas amigas portuguesas. Existem muitas atividades de férias para as crianças em Portugal, de todos os tipos, nos três blocos de férias, acompanhados ou não dos pais. São clubes de férias, Atividades de Tempos Livres (ATL), parques, praças, museus, bibliotecas, enfim, um mundo de atividades para as crianças se ocuparem com diversões que muitas vezes proporcionam aprendizados para a vida! Os clubes de férias e ATLs costumam ter atividades que começam de manhã e vão até o final da tarde. A criançada almoça lá e tem divertimento garantido o dia todo, sem precisar de acompanhante, ideal para os pais que trabalham período integral. Normalmente o preço cobrado é por uma semana de atividade e as opções acompanham todos os bolsos, assim como os temas, que são os mais variados para escolher conforme a preferência: caminham de artes a futebol, passando pelo zoológico e o oceanário. Imagine passar uma semana brincando no Jardim Zoológico? Difícil será tirar o seu filho de lá! Os infindáveis parques, bibliotecas, museus e castelos também são ótimas opções para os pais que podem acompanhar as crianças e se divertir junto, com certeza faltarão dias de férias para conhecer todos. E se o sol aparecer são muitas as praias que ficam a aproximadamente 30 minutos de Lisboa, como

Minha experiência com escolas pública e privada em Portugal

Minha experiência com escolas pública e privada em Portugal Nem nos meus pensamentos mais distantes imaginei encontrar a quantidade de escolas particulares que temos por aqui. Eu achava que seriam pouquíssimas, afinal, no Brasil, crescemos escutando o quanto o ensino público nos países mais desenvolvidos tem qualidade. E tem mesmo, vide o ranking das melhores escolas de Portugal em 2018. Tudo bem, as particulares ocupam os primeiros lugares, mas as públicas são a maioria. Em 6 meses aqui, aprendi que muitas vezes não é a qualidade do ensino que leva os pais a matricularem seus filhos em escolas particulares. Alguns optam pelo ensino privado por conta da proximidade de casa, ou por ter mais de um filho e não querer correr o risco de serem colocados em escolas distantes, ou pela linha de ensino que a escola segue, e por aí vai. Cada família tem as suas preferências que são levadas em consideração na hora dessa importante escolha. A importância da escola na mudança de país Tenho dois ótimos motivos para tratar o assunto “escola” com total prioridade na minha vida. Para nós que mudamos de país com crianças pequenas esse é um dos temas que mais traz ansiedade, pois trata não só da educação dos nossos pimpolhos, mas também do bem-estar deles. E é verdade incontestável que o sucesso da adaptação dos pais em novas terras está diretamente ligado à felicidade dos seus guerreirinhos, na qual a escola tem papel importantíssimo. Afinal, é nela que eles irão aprender muito sobre a nova cultura, fazer amigos e crescer como seres humanos. Portanto é fundamental que eles gostem e se adaptem à nova escola. O meu herói de 6 anos saiu da educação infantil no Brasil e foi logo promovido ao 1o ciclo em Portugal, e o de 3 anos foi da educação infantil para jardim de infância, que na prática é a mesma coisa, só muda o nome. Leia também: Alimentação escolar em Portugal Quando chegamos aqui, os meus meninos estudaram em uma escola privada por um mês. Como faltavam apenas vinte e testosterone enanthate review poucos dias para o início do ano letivo e nós não conhecíamos nada sobre as escolas portuguesas, resolvi encarar os muitos euros que a escola paga me custava e os matriculei. Foi uma boa decisão para a adaptação deles, pois como ainda haviam alguns dias para o início oficial das aulas pude acompanhá-los dentro da escola durante boa parte do dia, o que deu segurança a mim e a eles. Mas para a nossa alegria logo saíram as vagas na escola pública. Primeiro para o mais velho, e depois de uma semana para o mais novo,  completando a felicidade. Assim tinha os dois em uma escola pública portuguesa, tal como havíamos planejado. E a diferença entre o ensino público x privado? O meu primeiro receio que caiu por água foi achar que teria menos liberdade com os funcionários e professores no ensino público. Mal sabia eu o quanto estava enganada, foi uma grata surpresa! Como a escola pública que os meus meninos estão hoje é menor do que a paga que coloquei inicialmente, tenho a oportunidade de conversar com os funcionários e conhecer, pelo menos “de vista”, grande parte dos pais da escola. Os meus meninos, mesmo em fases diferentes, se encontram ou saindo ou entrando em alguma atividade, o que acho muito saudável, além de me dar uma sensação de segurança indescritível. Eu não estou lá, mas eles têm um ao outro. Também não vi diferença entre a atenção dada aos pais e alunos de uma escola pública ou privada. Aliás, a escola pública me surpreende positivamente todos os dias. Sempre que precisei falar com a professora ou a educadora (em Portugal, quem cuida das salas de jardim de infância são chamadas de educadoras, professoras são a partir do 1o ciclo), elas se mostraram disponíveis e muito atentas às crianças. Por exemplo, o meu mais novo ficou um bocado agitado com a mudança, e a educadora sempre esteve em contato comigo, hoje ele já está adaptado e bem feliz! A professora do meu mais velho também teve bastante paciência no início, o 1o ciclo e a alfabetização de um filho são novidades para mim e ela sempre esteve disponível para tirar todas as minhas dúvidas. Quanto aos horários, temos bastante diferença, mas em relação às escolas brasileiras, não entre ensino público e privado em Portugal. Aqui, com poucas variações entre ensino público x privado ou jardim de infância x 1o ciclo, as aulas obrigatórias começam entre 8h e 9h e terminam entre 15h e 16h. Após esse horário pode-se escolher matriculá-los em aulas extras que podem ir até as 17h30 ou 19h30, essas aulas são opcionais, não fazem parte do currículo obrigatório. Mas ficar todo esse tempo na escola é inversamente proporcional à falta de brincadeiras. São 3 recreios diários, um no lanche da manhã, outro depois do almoço e finalmente o grande recreio depois do lanche da tarde. Eles adoram e brincam para valer, além de aprender muito, é claro! Como o horário escolar começa de manhã e vai até a tarde, significa que todas as crianças almoçam na escola desde cedo, e com garfo e faca! Sinceramente, não me lembro de ter almoçado na escola no Brasil, ou eu almoçava e ia para escola ou eu voltava da escola e almoçava, sempre em casa, e na idade do meu mais novo, de colher. Quanto aos uniformes, as escolas privadas têm, nas públicas a roupa é a do dia a dia mesmo. Mas no jardim de infância, independente se a escola é pública ou particular, as crianças usam uma bata por cima da roupa,  e é muito útil! Todas as crianças usam um bibe durante todo o período da aula. Bibe é uma bata xadrez, pode ser azul, verde, vermelha ou qualquer outra cor, mas todos da mesma sala usam a mesma cor, que além de padronizar os piticos, o que é muito bom para a segurança deles, se eles deixarem qualquer coisa cair, suja o bibe e não a